segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Capitulo 8


O FUTURO

Papert salienta, no capítulo 8, algo que é extremamente importante relativamente ao avanço progressivo da tecnologia no mundo das crianças, pois "(...) enquanto o computador vai invadindo o universo infantil, a nossa preocupação deve dirigir-se no sentido de assegurar que, aquilo que há de bom na actividade de brincar, seja, pelo menos, preservado (e desejavelmente potenciado), à medida que o conceito de «brinquedo» inevitavelmente se altera" (pág. 249). De facto, o computador traz maravilhas e níveis de fantasia impresionantes para o mundo das crianças, mas não nos podemos esquecer, com este avanço todo da tecnologia, dos brinquedos tradicionais e de preservar sempre a actividade de brincar.
Além dos brinquedos tradicionais as crianças têm agora acesso, também, aos brinquedos digitais, brinquedos no computador formados por bits.

As crianças deveriam usar os computadores como componentes de jogos de construção:

- porque OFERECEM a possibilidade de construir modelos dotados de funções que se enquadram nos nossos aparelhos domésticos. Desta forma, esses objectos tornam-se conceptualmente transparentes e o conceito de programação é desmistificado.
- porque os jogos de construção SUSCITAM uma compreensão profunda e pessoal dos princípios fisiológicos, físicos e psicológicos.
- porque PROMOVEM uma ruptura com a ideia de que o computador é algo separado do mundo real constituído pelas coisas físicas.

Papert está convencido não apenas de que deveria haver uma alteração de prioridades, mas também, de que essa mudança surgirá inevitavelmente.
"(...)o reconhecimento das palavras que surgem no ecrã pode tornar-se um passo decisivo para uma busca interactiva e ser utilizado para controlar um processo que conduzirá a um fim desejado(...)"

Última Aula do Semestre

E está mesmo quase a acabar o semestre... Pelo menos hoje tivemos a ultima aula de Tecnologias. Não sei se entrarmos de férias será bom ou mau, bom é pelo descanso, mas haverá mesmo um descanso nestas férias? Com tantos trabalhos e com tanto para estudar? É o que veremos. O importante é manter a calma pois acredito que todos os nosso esforços no final serão recompensados.

Nesta aula continuámos a realização do trabalho no wordpress, colocando os conteúdos que são necessários e desenvolvendo tudo aquilo que colocámos como objectivos do trabalho no guião de autor. Avançamos um pouco com o trabalho, e descobrimos mais alguns das muitas ferramentas que temos para modificar no wordpress. Admito que este era um tipo de blog's que desconhecia e pelo qual estou a ganhar uma grande admiração.

Agora o essencial é continuar a trabalhar neste projecto, tentando realizá-lo da melhor forma possível para que resultados positivos surjam no final.

Espero que tenham todos umas boas férias e as aproveitem ao máximo se conseguirem. Um Bom natal e Ano Novo!

Já agora visitem!! :D

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Conferência: e-learning e as Comunidades: no digital mas mais além


A professora Joana Viana na segunda feira na aula de tecnologias falou-nos de uma conferência que ia ser realizada dia 13 de Dezembro (hoje) sobre e-learning e aconselhou-nos a irmos dado que este é um tema abordado nas aulas. Como tal,decidi seguir o seu conselho e inscrevi-me para assistir à conferência. Esta foi proferida pelo Professor Doutor João Paiva, da Universidade do Porto, tendo sido realizada no âmbito das actividades da disciplina de Ambientes Virtuais de Aprendizagem do mestrado em Tecnologias Educativas.

Nesta o professor João Paiva abordou o tema de e-learning dando-lhe muito prestigio mas não deixando de afirmar que o que tem importância nesta palavra é o "learning" pois é a forma como se ensina que deve ser tida em conta no processo de aprendizagem. Hoje em dia esta é uma forma de aprendizagem e à qual se dá imenso valor mas que como tudo, ninguém garante não cairá no desuso e no esquecimento levando à critica por parte de muitas pessoas. Ao invés, há quem concorde que este tipo de ensino virá substituir todo o processo que até hoje tem vindo a ser utilizado nas escolas. Na minha opinião, não há quem substitue o contacto humano e a aprendizagem directa entre as pessoas como sendo a melhor forma de adquirir conhecimentos e de tirar duvidas sobre os mesmos. Porém, este tipo de ensino não significa que tenha de ser abordado sem qualquer auxilio das tecnologias... Muito pelo contrário: é com estas que se pode aperfeiçoar os métodos utilizados para a sua concretização.
Estas tecnologias são sempre um bom auxilio se forem bem utilizadas, pois o professor é um construtor de conhecimentos, e é sempre importante que esses conhecimentos sejam bem transmitidos para os alunos. Ainda há muitos professores que têm receio de virem a ser substituidos por estas maquinas e têm medo de as utilizar, mas há que ser criativo e criar novas formas de se complementar.

Outro aspecto que referiu foi da existência de comunidades. As comunidades sempre existiram e são algo imprescindível para o ser humano, visto que é através do contacto com outras pessoas que crescemos e que vivemos. Mas hoje essas comunidades já podem ser criadas não só por pessoas que estejam diariamente presentes fisicamente. Estas podem ser criadas por via digital derrubando barreiras e dificuldades a quem as tenha no contacto humano.
Comunidades digitais permitem alguma expansão nos domínios afectivos e facilita a forma de comunicação entre os indivíduos, que poderia construir barreiras se fosse abordada directamente.

O que mais me chamou à atenção foi a sua apresentação das várias dicotomias existentes no ensino. Visto que o tempo que tinha para falar não era muito, acabou por apenas mostrar algumas, mas penso que a mensagem que pretendia transmitir foi muito clara. Digamos que fez uma breve abordagem às diferenças no ensino de antigamente com o actualmente, em relação aos professores e aos alunos, à sua relação, à liberdade que cada um tem, à diferença nos métodos de ensino, entre outros, que nos levam a pensar que a melhor forma acaba por não ser nem uma nem outra mas sim um equilíbrio entre ambas tirando o melhor de cada uma para que sejam complementares.


Para finalizar, gostaria apenas de dizer que esta conferência foi muito instrutiva para mim, não só pelo tema abordado mas também ao nível do conhecimento que foi muito mais enriquecido.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Capitulo 7



As três forças de mudança:
Primeira: A grande Indústria de informática - tem um grande interesse em dotar as escolas de computadores, independentemente do modo como eles venham a ser utilizados.
Segunda: A revolução na aprendizagem - até há relativamente pouco tempo os jovens aprendiam os conhecimentos profissionais que iriam ser usar durante o resto da sua vida. Este esquema funcionava bem enquanto o ritmo de mudança era lento e as pessoas se encontravam no fim da sua vida, a fazer algo muito parecido com o que faziam no inicio.
Terceira: O poder das crianças - esta é a força mais poderosa e começa a instalar-se em nossas casas, como? Todas as crianças que têm em sua casa um computador e uma forte cultura e aprendizagem são agentes de mudança na escola (mesmo que isso não seja assumido de forma consciente).

Para além da educação que recebem em casa, os pais devem acompanhar a educação escolar dos filhos de forma a evitar que haja um conflito de ideias levando a que o jovem fique no meio de um conflito entre a casa e a escola.

Ainda é tratado neste capitulo a escola como um organismo vivo na forma como ela tenta combater ou controlar qualquer objecto estranho que tente passar para dentro das suas fronteiras, e como tal é referido que ao tentar controlar o computador e a sua utilização vai esquecer o seu lado inovador e vai transformá-lo num objecto presente nas suas práticas conservadoras. Mas este será apenas utilizado de forma a chamar a atenção de quem o habita levando a um futuro esquecimento da sua existência e do seu importante uso prático.
Porém existem ainda professores que não querem a presença dos computadores no processo educativo. Mas estes irão fornecer um clima de aprendizagem, onde o professor não precisa de esconder a sua ignorância por detrás da carapaça da sabedoria mas pode ultrapassar as suas dificuldades em conjunto com os alunos. Tanto o professor como o aluno vão se sentir mais à vontade para aprender coisas novas, sem terem medo de serem descobertas as suas dificuldades.

Cpitulo 6

Este capítulo aborda o tema da fluência tecnológica que engloba a aquisição de várias competências a nível tecnológico e também a forma como se utiliza na prática as tecnologias, porque existe uma distância entre o saber e a prática. Neste capítulo são referidas soluções para que toda a família possa desenvolver a sua fluência tecnológica.

Para Papert os melhores projectos são aqueles que não têm um objectivo final. Na escolha de um bom projecto familiar existem três princípios orientadores, assim os projectos devem:
- suscitar uma atitude de ampliação, desenvolvendo capacidades próprias da competência tecnológica;
- ser uma fonte aplicável de igual forma por crianças (sem que isso signifique que um projecto familiar seja encarado como uma actividade para crianças);
- ter as suas raízes na cultura das crianças, desta forma deve-se trabalhar com elas a partir da sua compreensão, tentando encontrar um modo de a tornar mais rica.

O Microworld é um programa aberto, na medida em que para que este se tranforme num processador de texto ou numa ferramenta de desenho as instruções não são complicadas, basta por exemplo um simples clique num ícone que representa um pincel e surgirá a ferramenta que permitirá desenhar.
O MicroWorls abriu novos horizontes de criatividade expressiva porque "as mesmas frases que parecem tão monótonas quando escritas" adquiriram nova vida quando foram projectadas no ecrã.